quinta-feira, 27 de março de 2008

Últimos Tempos




Nos últimos tempos tenho pensado mais do que deveria
Nos últimos tempos passei a perceber o que não era perceptível
Nos últimos tempos, meus textos ficaram repetitivos...
Nos últimos tempos, só me lembro dos últimos tempos.

Mais quando tempo é tempo, percebo que não perdi tempo,
Não fiquei sentado aguardado a morte chegar...
Nesses tempos confusos, passei a ter mais certeza...
Mesmo relativa passei a adivinhar o passado.

Nesses últimos tempos, tive tempos modernos,
Nesses últimos tempos, tive tempos estranhos,
Nesses últimos tempos, tive tempos de frio,
Nesses últimos tempos, tive um tempo que foi atemporal.

Um espaço,
Um sentimento,
Um estar...
Vários tempos.

Último tempo de respiração,
Primeiro tempo de vida,
Meio tempo de exatidão
Inúmeros tempos que o tempo leva.

Para onde?

Onde você, vago tempo que possui nome, está?
Onde posso te apanhar sem ser apanhado?
Onde poderia te ver sem ser tocado?
Onde queria estar que você não estivesse?

Tempo... Preciso te dizer.
O meu tempo é curto.
E nele pode ter certeza estou curtindo.
Como uma azeitona à vinagrete.

Se essa ampuleta parasse agora,
Você me levaria para algum tempo,
Onde você parou... Para algum instante,
Onde eu não te percebi.

Para um tempo, onde o tempo parou.
Onde meus beijos duravam horas, e eu nem percebia
Para eternidade de um estalo estático.

Um comentário:

Simone Costa disse...

Lindo! Adorei! Senti imagens, letras e cada frase!!! Lindo mesmo! Parabéns!!

Vou passar sempre por aqui!