quarta-feira, 29 de agosto de 2007





Ser.

Hoje acordei repudiando o que sou, estava cansada do meu eu, da pessoa que me transformei. No auge do meu auto conhecimento, percebível que era só mais um dia em crise, nada mais natural no Universo de uma mulher.
Comentando com meu pai tal situação, recebi a mais estranha das respostas, em forma de uma frase mais que sábia.

---- Quando chegamos ao ápice de nossos anseios realizados, nos permitimos voltar ao tempo que éramos meros idealizadores.

Como não era o meu dia mais inteligente, custei a entender, desconversei para não voltar a fazer à expressão de ignorância que fiz no momento anterior ao escutar a frase.

Voltando a pensar na frase horas mais tarde... Veio-me seguinte conclusão (é tão obvia que a minha expressão voltou a ser de ignorância)...O ser humano tem dessas coisas quando criança, desejamos nos tornar adultos, quando quase lá, além de adultos desejamos ser bem sucedidos dentro de nossas escolhas, e quando lá, no ápice dos desejos realizado, nos permitimos um último desafio, voltar a sermos o nada..... Sem ser colecionadores de metas já vencidas, mas agora com metas muito mais simples e talvez mais importantes como apenas ser feliz sem se importar com o inútil.
Pois esse é o pior dos desafios, como deixar de ser tudo que desejamos uma vida?
Não precisamos nos preocupar com a resposta, pois a vida se encarrega de responder....

---- Envelhecer é assim minha filha!

Nem tão simples quanto mascar chiclet’s, muitos não entenderão tal pensamento, não perceberão tal feito nem aceitarão!
O envelhecer tarda para uns, mas nunca falha. E isso é para todos!

Eu me permito!


Mariana Gracia






Se eu falasse a língua dos anjos...

Você acreditaria em mim?
E se eu falasse a língua dos homens...
Você acreditaria no meu amor?
Talvez se eu falasse a língua dos animais...

Talvez se u fosse mudo e escrevesse para você...
Cartas e mensagens de amor...
Não, você não acreditaria em mim.
Não conheço o meu pecado, mas você insiste em me julgar

Queria que minhas palavras fossem divinas
Um canto de Orfeu, uma melodia de Vinicius
Queria que toca-se a minha boca quente, quando eu falasse
Sentiria que estou falando a verdade...

Nem mesmo os anjos teriam o meu calor
Mesmo que eles te recitassem poesias
Você não teria tanta certeza que te amo.

Aos poucos me perco em meio do Nirvana
No meu leve fechar de olhos, não vejo mais palavras
No fundo percebo que nem te vejo mais
Não imaginava que tivesse tanta imaginação

Deixa ao menos eu te dizer, fique!
Deixe apenas eu te levar para voar!
Deixe o meu canto te abraçar...
Deixe, por favor! Deite.

O silencio não aplacará o desejo
Preciso que me diga.
Preciso que fale a língua que eu entenda
Preciso que fale a língua que és serena

A língua dos anjos.
A língua do amor
Fale bem baixinho, que ainda me ama.

Jonathan Cabo – 29 de Agosto de 2007

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