segunda-feira, 16 de maio de 2011

Dialogo sobre a Maldade:



Discípulo: Mestre já te fizeram algum mal?

Mestre: A mim não, só a eles que pensavam que me faziam mal.

Discípulo: Você nunca sentiu maldade contra você?

Mestre: Não. Mas já vi atos de maldade contra mim.

Discípulo: Qual a diferença?

Mestre: Se eu não sinto, eu não sofro.

Discípulo: Mas se você já viu, como não sentiu?

Mestre: É como meu cão que entra na sala e deita no sofá. Vejo que é uma maldade contra mim, mas não sinto por que percebo que é apenas para chamar a minha atenção, por isso não sofro.

Discípulo: Você não pode comparar uma atitude irracional com ações verdadeiras de maldade.

Mestre: E o que seria uma ação verdadeira de maldade?

Discípulo: Hiroshima, Nagasaki, Holocausto.

Mestre: Um homem, acha que é capaz de fazer maldade, e faz. Nunca disse que não acredito na maldade, apenas perdôo quem sente esse sentimento.

Discípulo: E não reage contra ela?

Mestre: Sim. Eu oro.

Discípulo: Para que te proteja das maldades?

Mestre: Não. Para que esses homens sejam perdoados.

Discípulo: Como você pode achar que pode perdoar um estrupador, ou pedofolo?

Mestre: Não disse que poderia perdoar, apenas disse que oro para que sejam perdoados.

Discípulo: Como você pode gastar suas orações com homens assim?

Mestre: O que você quer que eu faça? Deseje mais violência? Violência não se paga com violência.

Discípulo: Você acha que é Cristo?

Mestre: Não. Mas sinto-o no meu coração. Já é um começo.

Discípulo: Estou indo a guerra, e talvez tenha que matar alguns homens. Talvez seu filho que esta do lado oposto da guerra.

Mestre: Faça o que te fizer bem, assim como faço o que me faz bem, não devemos negar a nossa natureza, e ainda assim nem eu serei melhor do que você e nem você melhor do que eu, uma rosa não é mais especial que um cravo, elas apenas são diferentes, ambas possuem valor, por que nem uma nem outra sonha em ser o outro. Não negue a sua natureza, por outras pessoas. E se no final achar que errou, peça perdão. Senão já estará perdoado, por que saberá que não errou.

Discípulo: Não sei se o senhor dessa vez conseguiu me esclarecer as verdades sobre a maldade.

Mestre: Talvez por que insisto em acreditar que o amor ainda é mais importante. Aí não me preocupo com a maldade.

Discípulo: Quando o senhor tiver respostas para o holocausto, Hiroshima, Nagasaki e outras atrocidades cometidas pela humanidade eu volto.

(sai o discípulo)

Mestre (consigo mesmo): Prefiro acreditar que quando aqueles homens cometeram esses atos de maldade, havia 10 mil vezes mais, outros homens, cometendo atos de bondade, em tentar salvar as vidas dessas pessoas, socorrendo pessoas de prédios pegando fogo, ficando horas e horas acordados para tentar salvar uma vida, conversando com pessoas que perderam entes queridos, abraçando quem estava chorando, escrevendo sobre essa ignorante maldade, e alguns como eu que apenas oravam pelas pessoas que sofreram tal maldade. Por que irei perder meu precioso tempo pensando nos homens que fazem a maldade, se posso utilizar meu tempo e minhas orações acreditando naqueles homens que fazem a bondade.

Um comentário:

Anônimo disse...

Não se perca ...
Lembre se do caminho das rosas.