sexta-feira, 27 de julho de 2007

Cadê você?




Depois de tanto tempo ainda sinto a sua falta. Não tenho mais a sua presença e seus sorrisos, não tenho mais você. Meu coração se entorta de dor. A nevoa que está em minha frente parece que nunca irá se dissipar, ela permanece sólida tão obscura que não consigo ver o caminho que está em minha frente. Estou novamente me perdendo. E você não está aqui para me ajudar. Para me encaminhar, apontar a direção. Pois você tinha uma lanterna potente com uma luz tão forte que iluminava a mais tórrida escuridão. Eu te seguia como um cão fiel. Era seu leal escudeiro. Mas um dia você sumiu em meio as brumas. Seguiu o seu caminho, subiu as escadas para o céu. E eu fiquei. Tenho certeza que você me ensinou como caminhar, mas ainda era muito cedo para que eu ficasse só. Era muito cedo para que eu seguisse esse caminho da vida. Já perdi coisas tão importantes que meu cinto de utilidades ficou vazio. Não tenho nenhuma carta na manga para uma ultima cartada se for necessário. Não aposto mais em nada pois tenho a certeza que posso perder. Queria muito que estivesse aqui meu pai. Você teria as palavras mais tortas possíveis. Diria as maiores besteiras que já ouvi, mas seriam essas palavras que aliviariam a minha alma descontente. Seria o seu humor sem igual que quebraria o muro da escuridão. A sua alegria de viver abriria todas as portas, por mais rígidas que pudessem ser. E eu? O que tenho? Naturalmente com a vida aprendi algo que você não tinha, um coração nostálgico que finge sempre estar bem. Que sorri como escudo para o mal. Eles estão sempre do meu lado, esperando que eu tropece. Me assediam com lobos famintos, aguardando o meu momento de desespero. Como facilito as coisas. As vezes perco o meu ser guerreiro, e me transformo em um inseto frágil e nojento. Perco meus ideais. Aqueles os quais te falava e você se apaixonava. Sempre me conheceu como um verdadeiro lutador, nunca abaixei as armas diante dos desafios que nos assolavam, o senhor sabe que sempre fui seu braço direito. E hoje sem você, sou apenas um braço débil, torto, desarmado e fadado a ficar sem meu corpo. Meu pai, meu senhor, meu rei. Como sinto a sua forte presença.
Hoje não sei se mais do que nunca, pois sempre me perco. Sempre me transformo em um ser confuso e complexo. Abstrato e sem razão. Um homem movido pelo coração que já foi mais arrebatado que as costas de um escravo. Como sinto a sua falta. Colocaria-se em meu lugar e não pediria nada em troca apenas que eu não sofresse. Me livrava das piores armadilhas. Orientava minhas pernas para que eu não pisasse em buracos de leões. Cadê você meu pai? Cadê você? Sinto a sua presença, você cuida de mim mesmo distante talvez por isso. Só por isso não tenho medo de caminhar. Mesmo na mais completa escuridão, mesmo com o coração partido, mesmo com um braço só, ou sem as pernas, mesmo sozinho, mesmo com a presença de lobos... Ainda assim irei continuar pelo amor que sempre dedicou a mim.

Te amo.

(Em memória do meu Pai Agostinho Costa do Cabo – 1956 – 2006)

sábado, 14 de julho de 2007

Balada do Louco






Dizem que sou louco
Por pensar assim
Se eu sou muito louco
Por eu ser feliz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz
Não é feliz

Se eles são bonitos
Sou Alain Delon
Se eles são famosos
Sou Napoleão

Mas louco é quem me diz
E não é feliz
Não é feliz

Eu juro que é melhor
Não ser um normal
Se eu posso pensar
Que Deus sou eu

Se eles têm três carros
Eu posso voar
Se eles rezam muito
Eu já estou no céu

Mas louco é quem me diz
E não é feliz
Não é feliz

Eu juro que é melhor
Não ser um normal
Se eu posso pensar
Que Deus sou eu

Sim, sou muito louco
Não vou me curar
Já não sou o único
Que encontrou a paz

Mas louco é quem me diz
E não é feliz
Eu sou feliz!

(Arnaldo Baptista e Rita Lee)

Sempre




Sempre esqueço o que devo sentir
E passo a me desconhecer, apenas por ti
Intensamente sinto aquilo que não deveria
E surpreendentemente me espanto com o seu sorriso

Está além da imaginação.
Está distante em um pólo contrario ao meu
Sente o que eu sinto... Obviamente. Você também é humana
Os meus desejos não são tão imperfeitos

És um anjo distante
Está muito perto do céu
Pois é única, escolhida a dedo
Quem é você? Não me diga.

Quando penso nos instantes sentados
E acredito em um horizonte e futuro melhor
Distante você ainda está.
Mas parece estar sentada ao meu lado.

Em meio as brumas turvas do dia de inverno
Seu rosto é modelado pelas nuvens
Como uma criança invento a brincadeira
De tentar encontrar seus olhos e seu sorriso

Em um breve piscar de olhos tudo some
E volto a minha realidade, o meu presente
Que é estar vivo. Feliz em ter te conhecido
Sempre, entenderá o que quero dizer

Eternamente
Distante
Sempre
Presente

O tempo se enrosca em minha mente
E esqueço as horas que se passaram
O sonho estava tão bom, por que então acordar
Vamos permanecer dormindo.

Sempre quando o sol estivar mais forte
Ou sempre, que tocar com meus pés a areia
Sentirei a força de Deus.
Saberei que ele nos abençoa.

Talvez eu seja mais abençoado
Por ter conhecido você.
Mas isso não vem ao caso
Pois a benção é para todos que te conhecem

Sempre, sempre, sempre...

Infinito como o amor de Deus.
Puro como os dentes-de-leão que o vento leva
Que campo lindo se tornou a minha vida
Quando entendi o que é o sempre.

Quando passei acreditar que embora nada seja para sempre.
Será sempre eterno, enquanto durar...
Roubando as frases do poeta
Não me sinto menos um... E sim feliz por lembra-lo

Lembra-lo ao me dedicar escrever algo para ti.
Acredite, ele também deve estar feliz.
Por um instante fiquei triste... Um instante que não é sempre.
Por saber que estou acabando...

Acabando de escrever o seu poema.
O seu eterno sempre.
Mas não se preocupe.
O brilho de seus olhos permanecerá...

Sempre que eu olhar as estrelas...
E pode ter certeza.
Elas sempre, sempre...
Permaneceram lá.

Jonathan Cabo - A minha amiga: Ligia.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Tudo que eu Faço faço por você






Olhe dentro dos meus olhos - você verá
O que você significa para mim.
Examine seu coração - examine sua alma
E quando você me encontrar lá, não vai procurar nunca mais.

Não me diga que não vale a pena tentar,
Você não pode me dizer que não vale a pena morrer [por isso].
Você sabe que é verdade,
Tudo que eu faço - eu faço por você.

Olhe dentro do meu coração - você descobrirá [que]
Não existe nada lá para esconder.
Aceite-me como eu sou - tome minha vida,
Eu a entregaria totalmente - eu a sacrificaria.

Não me diga que não vale a pena lutar [por isso],
Eu não consigo evitar - não há nada que eu deseje mais.
Você sabe que é verdade,
Tudo que eu faço - eu faço por você.

Não existe amor - como o seu amor,
E nenhuma outra - poderia oferecer mais amor.
Não existe lugar algum - a menos que você esteja lá
Todo o tempo - até o fim.

Oh - você não pode me dizer que não vale a pena tentar,
Eu não consigo evitar - não há nada que eu deseje mais.
Eu lutaria por você - eu mentiria por você,
Caminharia na corda-bamba por você.
Sim, eu morreria por você

Você sabe que é verdade,
Tudo que eu faço - eu faço por você...

Bryan Adams

Sou um ser Humano







Antes não fosse a ter que sofrer tanto
Antes me dessem a chance de ser um rato
Para meu infortúnio nasci com cérebro enorme
Penso mais do que existo, por isso não existo

Estou aquém das indagações e esqueci as perguntas
Vivo em horizontes distantes onde existem dois sóis
Durmo em um berço feito de madeira que não entorta
Estão tão distante do meu pé que não o vejo mais

Meus olhos parecem rodas medievais que apenas rodam
Circulam pelo ambiente, com uma visão sobrenatural
Sobre o que na verdade eu sou. Se é que sou.
Ah, sim. Sou um ser humano

Repleto de medo e angustia
De amor e de carinho
Vivo em um sistema capitalista
Marx me odiaria

Não sei quem não odiaria...
Afinal sou um ser humano e sou odiado por todos
Todos os seres... Humanos ou não.
Sou amado por alguns... Meu cão é um deles.

Sou um ser consciente que vive inconsciente
Minha consciência deixou de ser virtude, quando a matei
O assassinato me transformou em um ser humano
Menos ser, mais humano.

Mesmo que tenha matado algo de minha posse...
Ainda assim, não deveria ter feito tanto.
Ao certo uma mordaça me calaria a boca.
Mas não trancaria os meus dentes

Afinal, sou um canibal
Assim como você que lê
Afinal, se lê... É um ser humano
Antes fossemos ratos.

A nossa pífia existência será lembrada
Mas não se vanglorie por isso
Nem sempre as lembranças são boas
Mas também não se aflita

Tudo nesse mundo tende a ser passageiro
Nada é permanente, triste fim o dos posteriores
Irão nos criticar seja qual for a espécie
Irão nós adorar por mais superior que sejam

Mas também serão passageiras
E um dia serão odiadas e quem sabe também adoradas
Sou um ser humano. Antes fosse desumano
A viver entre ratos.

Jonathan Cabo.

Acaso




Somente se ele permitir serei seu, ele é meu dono e a ele devo satisfações. Me ofereceu sempre o melhor, por que agora o trairia com o planejamento de algo que nem acredito, sempre esteve comigo, por que sempre entendeu o meu ser relapso e desorganizado. Pouco preocupado com o que estava para acontecer. Por isso torceu ao meu lado, foi meu fiel escudeiro, sem nunca deixar que eu o manipula-se o que na verdade nunca quis. O acaso se transformou em minha maior paixão, minha amante invisível, meu outro ser. Aquele que não se preocupa em transformar o amanhã no melhor dia de minha existência, apenas deseja que eu seja feliz em quanto eu viver. Por isso não force uma estratégia para vence-lo. Pois serão dois contra um. Enquanto acredito em sua força, em seu acaso vivo melhor. E sei que o que menos deseja é que eu seja infeliz, portanto deixe sempre que o acaso resolva o nosso destino.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Sete Virtudes Humanas III




Temperança

Engraçado como mantive o equilíbrio
Quando de perto a loucura me chamou
Ela tinha o seu nome, mas permaneci sóbrio
Será mesmo que acreditei que me amou?

As vezes acho, e por isso perco
Falho em hesitar, quando a certeza pratico
Diante de ti, as teorias são ecos
E é isso que me freia e também me torna enfático

Perto de ti essa virtude some
Desequilibra minha sanidade
Pondo em jogo até minha moral
Perco certamente meu sentido natural

O meu bordão
Sim!
Se torna um
Talvez...

A firmeza da certeza
Relativizada em complexas inadequações
Essa é a força que exerce com proeza
Em cima de minhas emoções

Tirando de mim a temperança
E a virtuosa esperança

Valer a pena








Se não for valer apenas nem me ligue
Se não for para ser sincera, nem me procure
Preciso acreditar, em tudo que me diz
Preciso acreditar que vai valer a pena.

Cada segundo que me beijar, deve ser importante
Não sou um objeto de satisfação sexual
Sou muito mais que isso, o prazer que te dou é verdadeiro
Sempre quando vem me beijar, faço valer a pena.

Acredito no acaso e no tempo
Odeio ser um planejador, estrategista
Assim se o acaso permitir estarei preparado
E simplesmente farei valer a pena

Farei ser inesquecível
Ao entrar em sua vida decido
Que serei inesquecível
E que uma dia perceberá

Que cada segundo que esteve comigo

Realmente Valeu a Pena.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Live Earth


Acontecerá o show "Live Earth" em copacabana dia 07 de julho as 16:00 hs. Para arrecadar fundos para a nossa nave espacial. Estarei lá. Me divertindo e torcendo por um futuro melhor. Segue a programação.
ABS.




Rio de Janeiro (praia de Copacabana), a partir de 16h:
Lenny Kravitz
Pharrell Williams
Macy Gray
Xuxa
O Rappa
Marcelo D2
Jorge Ben Jor
Jota Quest
Vanessa da Matta
MV Bill

http://liveearth.br.msn.com/event/articles/shows_geral.aspx

domingo, 1 de julho de 2007

Sete Virtudes Humanas II

















2º Prudência

Prudente seria andar com um animal
Ao invés de com homens conversar
Melhor seria esconder meu rosto ancestral
Que com o coração rastejar

Minha prudência é a minha paciência
E meu odor, ah esse sim é uma insolência
Equilibrar-me em uma corda bamba?
Não, a gravidade essa sim, me ama

Prudente é minha razão
Tola é minha emoção

Se as chagas, as doenças e a guerra me chama
Com atenção, firmeza e coragem as domo
Inerte, com olhar baixo, silencioso me acalmo
Após a tempestade, a bonança será minha chama

Imprudente homem que enxerga com os olhos
Quando sua alma profetiza o seu futuro
Feliz cabeça que usa elmo espartano
A proteção é uma qualidade de ateniano

Com meus sapatos piso em cactos
Descalço até a areia fere meus passos

Meu coração sob rédeas firmes
Não permite loucuras napoleônicas
Lançar-me em um abismo íngreme
Não é nenhuma obra faraônica

Não é covardia aguardar
É apenas usar um pouco do dia
Para melhor se preparar
Para uma noite sombria

Jonathan Cabo.

Risos

"Quando você disca um número errado nunca dá ocupado."




Ultimamente tenho me pego rindo sozinho. Falar sozinho já era natural. Mas rir? Tenho percebido que a vida me deu o melhor que ela podia. E peço perdão por um dia ter reclamado. Dias que a achei injusta! Conheço o fato de que a felicidade é coisa de momento. Mas também posso dizer que é estado de espírito. Antes de dormir fico rindo e tentando não planejar o próximo sonho. Ao acordar abro um sorriso e me pergunto com o que eu sonhei para estar tão feliz. Durante o dia caminhando observo os carros passarem, as pessoas conversarem e os casais se beijarem. Derrepente percebo os músculos faciais esboçarem um leve sorriso. Assim tem sido meus últimos dias. Não entendo o por que e talvez nem exista motivos. Para essa alegria sem sentido. Só tenho certeza de uma coisa. Cada sorriso sem motivo que dou, é motivo para o próximo. Fico rindo das minhas ultimas gargalhadas sem razão. Estou aprendendo que rir é igual amar, você simplesmente ri.