domingo, 1 de julho de 2007

Sete Virtudes Humanas II

















2º Prudência

Prudente seria andar com um animal
Ao invés de com homens conversar
Melhor seria esconder meu rosto ancestral
Que com o coração rastejar

Minha prudência é a minha paciência
E meu odor, ah esse sim é uma insolência
Equilibrar-me em uma corda bamba?
Não, a gravidade essa sim, me ama

Prudente é minha razão
Tola é minha emoção

Se as chagas, as doenças e a guerra me chama
Com atenção, firmeza e coragem as domo
Inerte, com olhar baixo, silencioso me acalmo
Após a tempestade, a bonança será minha chama

Imprudente homem que enxerga com os olhos
Quando sua alma profetiza o seu futuro
Feliz cabeça que usa elmo espartano
A proteção é uma qualidade de ateniano

Com meus sapatos piso em cactos
Descalço até a areia fere meus passos

Meu coração sob rédeas firmes
Não permite loucuras napoleônicas
Lançar-me em um abismo íngreme
Não é nenhuma obra faraônica

Não é covardia aguardar
É apenas usar um pouco do dia
Para melhor se preparar
Para uma noite sombria

Jonathan Cabo.

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