sábado, 30 de junho de 2007

Quem sou eu?


















Na minha busca...
Quanto mais me conheço...
Mas me percebo como ser humano
E assim mais percebo como me odeio.

Na escada desse pensamento
Tudo passa despercebido, meus pensamentos
Não fazem mais tanto sentindo se é que um dia fizeram
Quando percebi que me encontrava, percebi que fugia de algo

Embora nem soubesse que estava fugindo
Quando caia na cama, embriagado, o vazio me cobria
O meu lençol branco predileto perdia a cor e não me aquecia
Meus olhos se perdiam ao olhar o teto, que girava como a minha vida

Essa escada comecei a descer, sem saber o que estava a me esperar
Até o sono profundo... E como um vampiro, dormia de dia
Preso aos meus novos prazeres e encarcerado no trabalho
Esqueci qual era a cor do dia, e como era quente o sol

Ao escrever essas linhas em minutos sóbrios,
Vejo a minha vida sem rumo e sombria
Não está triste, talvez incompleta
A minha sede não está saciada

Certamente não será o álcool
Que irá me curar...
Nem eu mesmo
Só o Tempo.

Jonathan Cabo.

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